OBJETIVO Fornecer as diretrizes para a Gestão de Riscos da Casa do Crédito S.A, assim como conceituar, detalhar e documentar as atividades a ela relacionadas.
ABRANGÊNCIA Abrange todas as áreas da Casa do Crédito que, direta ou indiretamente, participam do processo de Gestão de Riscos.
PERFIL DA CASA DO CRÉDITO A Casa do Crédito S.A. é uma instituição financeira de origem brasileira. Sua atuação teve início em 2002. Neste ano obteve autorização formal para operar como uma Instituição Financeira.
A Casa do Crédito S.A tem por objetivo tornar-se uma das principais instituições financeiras representada por uma significativa rede de Correspondentes Bancários atuando dentro dos Cartórios do Brasil, com foco, em micro, pequena, média empresa e microempreendedores individuais, além de atuar no agronegócio para pequenos e médios produtores rurais, fornecendo uma ampla variedade de produtos e serviços financeiros aos seus clientes.
DEFINIÇÕES 4.1 RISCO Efeito da incerteza nos objetivos.
Nota 1: Um efeito é um desvio em relação ao esperado – positivo (oportunidade) e/ou negativo (ameaça).
Nota 2: Os objetivos podem ter diferentes aspectos (tais como metas financeiras, de saúde e segurança e ambientais) e podem aplicar–se em diferentes níveis (tais como estratégico, em toda a organização, de projeto, de produto e de processo).
Nota 3: A incerteza é o estado, mesmo que parcial, da deficiência das informações relacionadas a um evento, sua compreensão, conhecimento, sua consequência ou probabilidade.
4.2 GESTÃO DE RISCOS Atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização no que se refere ao risco.
4.3 POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS
Declaração das intenções e diretrizes gerais de uma organização relacionadas à gestão de riscos.
DIRETRIZES 5.1 TIPOLOGIA DE RISCOS Os riscos da Casa do Crédito S.A são categorizados de acordo com a seguinte classificação:
Riscos Estratégicos: Riscos associados com as decisões estratégicas da organização para atingir os seus objetivos de negócios, e/ou decorrentes da falta de capacidade ou habilidade da empresa para proteger-se ou adaptar-se a mudanças no ambiente.
Riscos Financeiros: Riscos de Mercado: decorre da possibilidade de perdas que podem ser ocasionadas por mudanças no comportamento das taxas de juros, do câmbio, dos preços das ações e dos preços de commodities.
Riscos de Crédito: definido como a possibilidade de perda resultante da incerteza quanto ao recebimento de valores pactuados com tomadores de empréstimos, contrapartes de contratos ou emissões de títulos.
Riscos de Liquidez: Possibilidade de perda decorrente da incapacidade de realizar uma transação em tempo razoável e sem perda significativa de valor ou a possibilidade de falta de recursos para honrar os compromissos assumidos em função do descasamento entre os ativos e passivos.
Riscos de Compliance: É o risco de sanções legais ou regulatórias, de perda financeira ou de reputação que a empresa pode sofrer como resultado da falha no cumprimento da aplicação de leis, acordos, regulamentos, código de conduta e/ou das políticas.
Riscos Operacionais: Decorrente da falta de consistência e adequação dos sistemas de informação, processamento e controle de operações, bem como de falhas no gerenciamento de recursos e nos controles internos ou fraudes que tornem impróprio o exercício das atividades da companhia (ex: produzir e distribuir seus produtos nas condições e prazos estabelecidos).
TABELA 1: Tipologia de Riscos 5.2 PRINCÍPIOS DA GESTÃO DE RISCOS O principal objetivo da gestão de riscos é a proteção da solidez da Casa do Crédito S.A
A gestão de riscos está baseada nos seguintes princípios: Proteger a solidez financeira da Casa do Crédito S.A: Controlar os riscos a fim de limitar os impactos de potenciais efeitos adversos no capital e nos resultados da Casa do Crédito S.A. O apetite de risco deve ser proporcional ao capital disponível. Dessa forma, foi desenvolvida a estrutura de mensuração de riscos para quantificá-los.
Proteger a reputação da Casa do Crédito S.A: Reputação é essencial para o bom desempenho do setor bancário e deve ser preservada de forma diligente.
Transparência do Risco: Para uma boa percepção da situação da Casa do Crédito S.A, é fundamental identificar todos os riscos. A definição dos riscos deve ser sempre a mais exata possível e muito bem avaliada, a fim de ser capaz de ajudar nas decisões internas e comerciais.
Gestão de responsabilidade: A Casa do Crédito S.A é o responsável pelos seus resultados, bem como pelos riscos associados às suas operações. Procura-se encontrar um equilíbrio entre risco e retorno.
Independência no Controle de Riscos: Existe um processo estruturado de identificação, avaliação, mensuração, controle, monitoramento e de reporte de riscos. Com o objetivo de garantir a integridade das decisões, as áreas de controle de gestão de riscos operam independentemente das atividades comerciais.
Controle de Limites de Crédito: A fim de gerenciar os diversos tipos de riscos, Casa do Crédito S.A tem um robusto sistema de limites de crédito e controles adicionais.
TABELA 2: Princípios da Gestão do Risco
RISCO DE CRÉDITO A missão das áreas responsáveis por analisar, mensurar, aprovar e controlar os riscos de crédito é de garantir que todos os riscos possíveis de serem considerados são conhecidos e foram mitigados da melhor forma, e são aceitáveis para Casa do Crédito S.A. Tudo com o objetivo de salvaguardar a Casa do Crédito S.A de perdas no futuro, e por consequência o capital da Casa do Crédito S.A, fazendo com que ele seja utilizado de forma segura e rentável.
ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO A avaliação e o gerenciamento de Risco de Crédito são realizados pelo Comitê Executivo de Crédito, o qual é totalmente segregado da área comercial, estando sob a responsabilidade do Presidente Executivo, do Diretor Financeiro, do Gerente Operações e Gerente de Risco onde todas as decisões são tomadas e/ou ratificadas. Cabe destacar que todas as normas e procedimentos do Comitê Executivo de Crédito seguem as Políticas de Crédito da Casa do Crédito S.A e políticas adicionais estabelecida pela autarquia reguladora (BACEN).
AS PRINCIPAIS POLÍTICAS DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO SÃO: – Política de Crédito – Política de Recuperação de Crédito – Política de Responsabilidade Socioambiental Política de Garantias As políticas determinam os modelos de crédito, a forma de preenchimento e utilização dos formulários usados no processo de análise do crédito, que inclui: o Levantamento Socioeconômico, Relatório de Visitas e Atas dos Comites de Crédito.
MONITORAMENTO DE CRÉDITO Mensalmente o Comitê Executivo de Crédito analisa diversos relatórios de acompanhamento da carteira de crédito da Casa do Crédito S.A., permitindo assim visualizar pontos de atenção, concentração de riscos e, também, a evolução tanto de forma qualitativa quanto quantitativa.
O Comitê Executivo de Crédito é responsável também pelo monitoramento das informações disponibilizadas no sistema de controle de limites de crédito, a fim de assegurar sua integridade e exatidão.
CONTROLE DE LIMITES DE CRÉDITO Conforme previsto nesta política e objetivando manter uma adequada situação da carteira, os limites são revisados no mínimo uma vez por ano, respeitando-se a estrutura e qualidade do crédito.
O sistema de controles de limite é alimentado com base nas decisões dos Comitês de Crédito. Inclui informações sobre os limites – valores, prazos, validade das linhas de crédito, garantias exigidas e seus percentuais de cobertura de risco e informações gerenciais.
O sistema de controle de limites de crédito serve como fonte de informação para a geração de relatórios para o Diretor Financeiro e para o Banco Central do Brasil. O sistema emite relatórios diários de acompanhamento dos limites, monitorando eventuais excessos e inconsistências.
CLASSIFICAÇÃO DE CRÉDITO Para proteger a instituição contra perdas decorrentes de operações de crédito, a Casa do Crédito S.A determina um nível de provisões adequado ao risco incorrido em cada operação através de análises específicas que levam em conta também a classificação de risco determinada pelo Banco Central do Brasil. A correlação entre a Classificação de Risco da Casa do Crédito S.A. para o Crédito Corporativos e o Crédito Rural, e as classificações determinada pelo Banco Central do Brasil, são as seguintes:
APETITE AO RISCO DO CRÉDITO A Casa do Crédito S.A estabeleceu alguns parâmetros de apetite ao risco, que determinam um nível desejado de exposição ao risco de crédito, quantitativamente e qualitativamente, que a Casa do Crédito S.A. considera aceitável ou tolerável, em linha com sua estratégia de negócio. Tais parâmetros foram aprovados pelo Comitê Executivo de Crédito.
EXPOSIÇÃO AO RISCO DO CRÉDITO A seguir são apresentados alguns números relacionados à Exposição aos Riscos de Crédito contemplando apenas as operações com características de concessão de crédito:
INSTRUMENTOS MITIGADORES DO RISCO DE CRÉDITO Para fins de apuração do valor do Patrimônio de Referência Exigido (PRE) pelo Banco Central, a Casa do Crédito S.A. considera como instrumentos mitigadores apenas as garantias bancárias, alocações de crédito recebidas e aplicações financeiras dadas em garantia, visto que Casa do Crédito S.A calcula o capital pelo método simplificado.
Adicionalmente, Casa do Crédito S.A conta com outros mitigadores de risco de crédito: garantias como hipotecas, penhores, alienações fiduciárias e recebíveis, que são considerados na ferramenta de cálculo e capital econômico.
RISCO DE MERCADO E LIQUIDEZ 15.1 GERENCIAMENTO DO RISCO DO MERCADO E LIQUIDEZ O gerenciamento de risco de mercado e liquidez na Casa do Crédito S.A, está centralizado no Diretor Financeiro, com independência e mandato claros e atribuições definidas.
O principal fórum de acompanhamento e discussão do risco de mercado e liquidez da instituição é o Comitê Executivo de Crédito. São apresentados mensalmente ao Comitê o acompanhamento dos resultados, comportamentos e riscos das carteiras. Além da definição de estratégias de atuação para otimizar os resultados, com base na análise dos cenários político-econômico nacional e internacional.
15.2 METODOLOGIA DE MENSURAÇÃO E CONTROLE DE RISCO DE MERCADO E LIQUIDEZ A mensuração e o controle do risco de mercado e liquidez são diários, e são utilizadas metodologias padrão e melhores práticas de mercado.
Para avaliação do Risco de Mercado utilizamos o VaR (Value at Risk) regulamentado pelo Bacen (horizonte de 10 dias úteis e com 99% de probabilidade), além do Teste de Estresse (com diversos cenários).
O gerenciamento do Risco de Liquidez é considerado de fundamental importância para o bom desempenho da Instituição. Além disso, são traçados cenários de estresse e avaliados diversos horizontes de fluxo de caixa para serem tomadas as medidas preventivas.
DEFINIÇÃO DE LIMITES As propostas de limites de risco de mercado e liquidez são validadas e aprovadas pelo Comitê Executivo de Crédito. As carteiras da Casa do Crédito S.A não podem estar expostas a riscos de mercado.
Cabe ao Diretor Financeiro monitorar diariamente de forma independente o cumprimento dos limites e disponibilizar relatórios gerenciais de controle das posições ao Comitê Executivo de Crédito, além dos relatórios diários e mensais regulatórios, utilizando para isto de sistemas integrados a base de dados corporativas de operações e posições, assim como de dados de mercado, dos melhores fornecedores deste segmento do mercado.
RISCO OPERACIONAL 17.1 ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL A atividade de gerenciamento de risco operacional é executada pelo Gerente Jurídico & Operações e está sob a responsabilidade do Comitê Executivo de Crédito.
A missão deste gerenciamento é promover através do estabelecimento de diretrizes, implantação de metodologias e utilização ferramentas para identificar, avaliar, controlar, mitigar e monitorar os riscos operacionais de toda a instituição, proporcionando um ambiente mais seguro, sólido, eficiente e estável, alinhado com os objetivos e estratégias da instituição.
As principais atribuições da área são: Assegurar a conformidade com as regulamentações internas e externas
Disseminar a cultura, visão e conceitos de gerenciamento de Risco Operacional por toda a Instituição.
Definir e implementar diretrizes, metodologias, ferramentas e modelos de identificação, avaliação, mensuração, monitoração, mitigação e controle dos Riscos Operacionais.
Desenvolver documentação adequada que compõe a estrutura de Gerenciamento de Risco Operacional.
Produzir os relatórios gerenciais e regulamentares relacionado ao Risco Operacional.
Reportar ao Comitê Executivo de Crédito a gestão de riscos operacionais.
17.2 A ESTRUTURA DE RISCO OPERACIONAL É COMPOSTA POR: Gerente de Risco, Gerente Operacional e Comitê Executivo de Crédito da Casa do Crédito S.A.
17.3 PROCEDIMENTOS E ATIVIDADES DE GERENCIAMENTO DOS RISCOS OPERACIONAIS Mapeamento dos processos e fluxos operacionais, identificação dos riscos e controles e avaliação dos impactos e probabilidades dos através da utilização da matriz de riscos e aplicação de questionários e a avaliação de riscos de novos produtos. Procedimentos para Monitoramento, Controle e Mitigação: Identificação e elaboração dos Indicadores, processo de reporte de Incidentes/perdas operacionais, elaboração de relatórios periódicos, construção da base de perdas operacionais classificadas de acordo com os eventos de risco operacional, acompanhamento dos planos de ação.
COMUNICAÇÃO E DIVULGAÇÃO Treinamentos: são realizados treinamentos anuais sobre conceito, importância, papel do colaborador e sobre a estrutura de gerenciamento de riscos para os representantes de risco operacional. Treinamentos mensais também são realizados para os novos funcionários.
Relatórios gerenciais: são elaborados alguns relatórios sobre os resultados das atividades de gerenciamento de risco operacionais, tais como:
Relatório de Monitoramento de Risco Operacional para o Comitê Executivo de Crédito.
Relatórios para a matriz: Envio de diversas informações de risco operacional.
Relatório de gerenciamento de risco operacional para os gerentes das áreas e seus respectivos diretores.
Relatório Anual de Risco Operacional apresentando o resultado das atividades de risco operacional.
GERÊNCIA DE RISCOS ✓ Elabora o planejamento e assegura a operacionalização da gestão de riscos, considerando todas as dimensões da estrutura definida, englobando atividades estratégicas, táticas e operacionais; ✓ Avalia os riscos da companhia por unidades de negócio e portfólio; ✓ Consolida e comunica o portfólio de riscos prioritários da organização; ✓ Desenvolve, dissemina e recomenda processos e procedimentos para a gestão dos riscos prioritários; ✓ Desenvolve, testa e implementa modelos e metodologias para mensuração e gestão dos riscos; ✓ Avalia e propõe estratégias de mitigação dos riscos; ✓ Emite parecer sobre a viabilidade das operações relacionadas aos riscos prioritários; ✓ Executa as tarefas que permitirão realizar um adequado monitoramento dos riscos prioritários (estratégicos, financeiros, operacionais e de compliance); ✓ Assegura a manutenção da política de gestão de riscos e verifica o cumprimento dos limites estabelecidos; ✓ Assessora as áreas de negócio na identificação e avaliação do impacto dos diversos tipos de riscos envolvidos; ✓ Suporta as áreas de negócio na definição do plano de ação/contingência; ✓ Atua como verificador na gestão de riscos de mercado, de crédito e de liquidez.