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29 de dezembro de 2022Diante de golpes tão sofisticados, confira as dicas de segurança para não cair nos truques de criminosos
Ultimamente a onda de fraudes e furtos utilizando o PIX vem crescendo vertiginosamente. Não só vitimizando usuários como também as próprias instituições financeiras. Mas isso é um problema originado da própria tecnologia do PIX? É este meio de pagamento realmente é seguro e eficaz?
Para responder a estas perguntas, conversamos com Flávio Filho, Desenvolvedor de Sistemas na Casa do Crédito, e ele explicou que a tecnologia PIX é segura, porém, é nova. “Sofre periódicas mudanças e interferências em seu funcionamento pelo próprio órgão regulador, o Banco Central do Brasil. Isto faz com que os profissionais de tecnologia fiquem em estado máximo de alerta e sempre repensando as estruturas, assim como os protocolos de segurança”, disse Flávio.
A segurança é garantida pelo fato de que, toda tecnologia de comunicação utilizada para efetuar um PIX tem um desenho desenvolvido seguindo as mais exigentes normas de segurança internacionais, com sistemas de criptografia altamente eficazes.
Mas esta segurança diz apenas que o meio em que o PIX é executado está protegido. Nossa sociedade tem um alto desnível social e econômico, com uma estrutura de segurança precária, tornando-se uma fórmula rica para a marginalização e aumento da criminalidade. “Você andaria com 5 mil reais nas mãos em pleno centro da sua cidade sem medo? Ou, você andaria com qualquer nota de dinheiro à mostra enquanto anda pela rua? Se você respondeu não a qualquer uma destas perguntas é porque tem a sensação de que não estamos seguros”, exemplifica Flávio.
E é aí que mora o perigo do PIX. Não na sua tecnologia, mas o que criminosos fazem com ela. Se antes o ladrão corria pela rua e roubava sua carteira com algumas notas sem nem saber o seu nome, hoje, o ladrão te conhece pelas mídias sociais, sabe o que você faz, onde você frequenta, e quem são seus familiares. Com isso, os golpes vêm se tornando cada vez mais sofisticados. “Hoje é comum um pai de família receber um telefonema no meio da noite, dizendo que seu filho está sob poder de sequestradores, pedindo para enviar um PIX para sua soltura. Ou receber um WhatsApp de um parente pedindo dinheiro emprestado porque furou um pneu na rua. Mas este parente nem sequer sabe o que está acontecendo. E o filho do pai desesperado está dormindo com toda tranquilidade em sua cama.
E o que podemos fazer para nos proteger? Bem, temos que entender como eles agem, entender o funcionamento dos aplicativos, seus recursos de segurança e, principalmente, proteger nossos dados digitais. Logo abaixo, Flávio Filho dá sete dicas de algumas ações importantes que devem ser tomadas para evitar tais situações.
1 – Redes sociais: não deixe suas redes sociais públicas. Selecione bem quem você aceita como amigo. Antes de aceitar, veja o perfil, entenda se este amigo interage com fotos e compartilha artigos há bastante tempo. Normalmente, um golpista não tem tempo de criar um perfil completo e quando cria ele tem pouco tempo de uso. Ao compartilhar suas atividades nas redes sociais tenha certeza de ter configurado para que apenas amigos vejam as postagens. Nunca publique documentos, placa de carros ou outros detalhes. Deixe seu nome resumido, utilize um e-mail que não seja aquele utilizado para cadastro em bancos e, importante, lembre-se que dados privados nunca são solicitados pelas redes sociais.
2 – WhatsApp: quando receber uma mensagem no WhatsApp solicitando qualquer ação sua, recomenda-se que pare de responder. Entre em contato via telefone e tente entender se está realmente falando com a pessoa certa. Não passe dados pessoais e não confirme sua localização. Combine com os seus parentes e amigos de nunca solicitarem dinheiro por este meio, e em casos de emergência devem ligar ou ir pessoalmente até você. Os golpistas normalmente clonam fotos de familiares e criam perfis falsos no WhatsApp, deixando você pensar que está realmente falando com alguém conhecido, por isso, se a foto do perfil mudou, verifique o número se continua o mesmo. Desconfie quando disserem que o celular foi roubado e logo em seguida começar a pedir “um PIX”.
3 – Ligações de bancos: ao receber a ligação de alguém dizendo ser de um banco, ou de uma agência de cobrança, procure não tratar o assunto por telefone com quem te ligou. Entre em contato direto com seu gerente por telefone, ou pelo aplicativo do banco, e informe-se sobre a ligação. Para tratar de assuntos delicados, opte por ir até a sua agência e falar pessoalmente com seu gerente. Os golpistas normalmente conseguem confirmar seus dados pessoais como data de nascimento, cidade, nome e até referências familiares. Não entre no jogo, não passe e nem confirme qualquer tipo de dado para quem te ligar informando ser de um banco.
4 – Crie chave EVP: para uso geral, cadastre uma chave PIX aleatória, ou do tipo EVP (sigla para Endereço Virtual de Pagamento). Com isso, nenhuma informação pessoal sua será divulgada quando alguém lhe enviar um PIX. Normalmente, um golpista pode pedir uma chave para te mandar um PIX para descobrir seu CPF ou endereço de e-mail, assim aprofunda a fraude.
5 – Consulte o Registrato: o Banco Central do Brasil disponibilizou o serviço “Registrato”, uma ferramenta que você pode consultar em quais bancos você tem conta aberta, quais as chaves PIX estão cadastradas e muitas outras informações importantes relacionadas a sua vida financeira. Com isso, você consegue saber se alguém está utilizando seu nome e documentos para aplicar golpes no mercado. O sistema você encontra em: https://www.bcb.gov.br/cidadaniafinanceira/registrato.
6 – Celulares: lembre-se, antes a sua carteira era de couro e o dinheiro em espécie, hoje sua carteira é digital e está disponibilizada em um celular. Por isso, cuidado. Deixe apenas um ou dois aplicativos de contas com pouco valor para fazer movimentação bancária e transações digitais. Mantenha o seu limite do PIX baixo. Ao fazer pagamento com PIX busque utilizar o PIX Copia e Cola ou QR Code. Para transferências de grande valor, faça de casa, preferencialmente pelo computador, e utilize para isso a TED. Deixe os valores principais em sua conta de banco, com seus investimentos e utilize outros bancos digitais para transações rotineiras. Não deixe em seu celular o aplicativo do seu banco com maior volume financeiro.
7 – Cadastro em Instituições Financeiras: a dica mais importante para você movimentar suas finanças com segurança é abrir contas somente com instituições devidamente regulamentadas e registradas no Banco Central do Brasil. Faça a consulta da instituição através do site: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/encontreinstituicao.
“Com todo cuidado você pode usufruir desta nova tecnologia que já conquistou a preferência dos brasileiros tornando-se o meio de pagamento mais popular, isto porque apesar de todos estes criminosos, a tecnologia ainda é a melhor opção para protegermos nossas finanças e para facilitar o nosso dia-dia”, conclui Flávio. Portanto, continue a usufruir de toda comodidade que o PIX traz pra você, afinal de contas, dinheiro em papel é coisa do passado!